A COCOBOD, entidade reguladora do setor cacaueiro de Gana, anunciou que irá cumprir os contratos de exportação de cacau que foram postergados devido à quebra de safra ocorrida em 2023/2024. A medida envolve a entrega de 100 mil toneladas de produto durante o ciclo agrícola de 2025/2026.
A produção nacional foi severamente afetada na última temporada por uma combinação de fatores críticos, incluindo condições climáticas adversas, disseminação do vírus do inchaço dos brotos, da Phytoptora Megakaria, atividades ilegais de mineração e contrabando. Como resultado, a COCOBOD não conseguiu atender integralmente aos compromissos firmados, deixando cerca de 330 mil toneladas contratadas sem entrega.
De acordo com Ransford Abbey, diretor-geral da Cocobod, a expectativa agora é de um cenário mais favorável para a próxima safra, impulsionado por um novo plano estratégico de quatro anos que visa reverter o declínio na produtividade e reestabelecer a credibilidade do país como fornecedor global.
Na safra atual, 2024/2025, a colheita gira em torno de 600 mil toneladas, das quais aproximadamente 230 mil foram destinadas à exportação para cumprir contratos antigos. A meta inicial para o ciclo era de 650 mil toneladas, mas foi revisada sucessivamente para 617.500 toneladas em dezembro e, mais recentemente, para 600 mil toneladas em meados de junho.
- Para recuperar o desempenho do setor, a COCOBOD está adotando uma série de medidas, como a distribuição de sementes mais resistentes, reabilitação de lavouras afetadas por doenças e ações mais rigorosas para combater o comércio ilegal de amêndoas.
Apesar dos esforços, analistas do setor recomendam cautela, uma vez que o mercado global de cacau caminha para o quarto ano consecutivo de déficit. As condições de seca persistentes na África Ocidental, região responsável por cerca de 70% da produção mundial, continuam a pressionar os volumes colhidos em Gana e na vizinha Costa do Marfim.
Fonte: Cacau Hoje com informações de EcofinAgency.com
