PRODUÇÃO DE COSTA DO MARFIM SERÁ IMPACTADO POR CLIMA SECO

Costa do Marfim projeta redução na safra devido ao clima seco. Produtores de cacau da Costa do Marfim, maior fornecedor mundial da commodity, alertam que a escassez de chuvas pode impactar negativamente tanto o volume quanto a qualidade da safra intermediária, prevista entre abril e setembro. De acordo com os agricultores, há uma preocupação de […]

Costa do Marfim projeta redução na safra devido ao clima seco.

Produtores de cacau da Costa do Marfim, maior fornecedor mundial da commodity, alertam que a escassez de chuvas pode impactar negativamente tanto o volume quanto a qualidade da safra intermediária, prevista entre abril e setembro.

De acordo com os agricultores, há uma preocupação de que os grãos, que deverão amadurecer para abastecer o mercado no próximo mês, sejam menores e de qualidade inferior em comparação ao ano anterior. Eles também preveem uma redução na oferta entre julho e meados de agosto, já que os efeitos do tempo seco continuam a ser sentidos.

Apesar de o país estar na estação chuvosa que oficialmente se estende de abril até meados de novembro, as precipitações têm sido insuficientes, aumentando o temor entre os produtores.

Em áreas como Daloa, no centro-oeste, e Bongouanou e Yamoussoukro, na região central, onde as chuvas ficaram abaixo da média histórica, os agricultores relataram que, ao contrário da safra anterior, não esperam uma colheita tão volumosa e prolongada este ano. Também projetam uma queda na quantidade de grãos a serem processados a partir de julho.

“As chuvas fortes ainda não chegaram. Este ano, a safra intermediária será mais curta e a qualidade será prejudicada”, afirmou Albert N’Zue, agricultor da região de Daloa. Na semana passada, a área recebeu apenas 14,1 milímetros de chuva cerca de 7,5 milímetros a menos do que a média dos últimos cinco anos.

Nas regiões de Daloa, Bongouanou e Yamoussoukro, os relatos apontam para uma safra intermediária mais curta e com menor volume do que o observado na temporada passada. Os produtores, assim, não têm grandes expectativas de processar volumes significativos a partir de julho.

Segundo Albert N’Zue, “a safra intermediária será limitada este ano, e isso trará problemas de qualidade”, reforçando a preocupação com o baixo índice de chuvas, registrado bem abaixo da média.

Em localidades como Soubre, no oeste, e nas áreas sulistas de Agboville e Divo, bem como em Abengourou, no leste, a precipitação também ficou aquém do esperado. Ainda assim, os agricultores dessas regiões preveem que a colheita da safra intermediária começará a se intensificar a partir da próxima semana, com uma oferta maior surgindo em maio.

Apesar da procura dos compradores continuar forte, a quantidade de grãos disponível ainda é limitada neste momento.

As temperaturas médias semanais oscilaram entre 27,6°C e 31,2°C (equivalente a 81,7°F e 88,2°F).

Fonte: Loucoumane Coulibaly, Ayen Deng Bior e Mark Potter

Leia mais