Os preços do cacau nos mercados internacionais voltaram a cair nesta quinta-feira (3), refletindo a combinação de projeções otimistas para a próxima safra em Gana e o acúmulo dos estoques globais. Em Nova York, o contrato de setembro do cacau (CCU25) recuou 92 pontos, o equivalente a 1,11%, alcançando o menor nível em uma semana. Em Londres, o contrato de mesmo vencimento (CAU25) teve queda ainda mais acentuada, de 125 pontos ou 2,20%, marcando o patamar mais baixo das últimas uma semana e meia.
A pressão de baixa ganhou força após a Ghana Cocoa Board (COCOBOD) anunciar que espera colher cerca de 650 mil toneladas de cacau na safra 2025/2026 — um crescimento de 8,3% frente ao ciclo atual. Essa estimativa, considerada robusta por analistas, trouxe alívio aos temores de escassez enfrentados no início de 2024, quando o clima e as pragas afetaram fortemente a produção.
Além disso, os estoques monitorados pela ICE vêm se recuperando desde os níveis mínimos de janeiro, quando atingiram o menor volume em 21 anos. Na última medição, os depósitos registravam mais de 2,36 milhões de sacas, representando um aumento significativo e alcançando o maior volume dos últimos nove meses.
Nos Estados Unidos, o contrato futuro de cacau negociado na bolsa ICE era cotado a cerca de US$ 8.041 nesta manhã, com recuo de 2,24% em relação à sessão anterior. Já em Londres, a tonelada do grão chegou a ser negociada por 5.476 libras esterlinas, acumulando queda de 4,48% no dia.
Do ponto de vista técnico, o cenário também não é animador para os compradores. A plataforma Investing.com aponta sinal de “forte venda” nos principais indicadores gráficos, sugerindo que o movimento de queda pode persistir no curto prazo, caso não haja uma reversão nos fundamentos.
Apesar da tendência de baixa, o mercado mantém atenção aos embarques da Costa do Marfim, que seguem em níveis abaixo do habitual, podendo oferecer algum suporte aos preços nas próximas semanas.
Fonte: Cacau Hoje com informações de Investing. com e Barchart
 
				 

 
								 
								