Nesta segunda-feira (30), os contratos futuros de cacau encerraram o pregão com desempenho misto nas bolsas internacionais, refletindo a combinação de fatores climáticos, cambiais e de oferta nos principais países produtores. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o contrato de setembro subiu 0,66%, encerrando cotado a US$ 9.017 por tonelada, após ter oscilado entre US$ 8.906 e US$ 9.088 ao longo do dia.
Já em Londres, os contratos do cacau para o mesmo período recuaram 1,3%, pressionados pela valorização da libra esterlina frente ao dólar, o que tende a tornar os preços menos competitivos para compradores fora do Reino Unido.
De acordo com dados do site Investing.com, indicadores técnicos continuam divididos: enquanto o resumo geral sinaliza tendência de venda no gráfico diário, os indicadores de momento, como o RSI (Índice de Força Relativa) e o MACD, ainda apontam para uma possível recuperação dos preços. As médias móveis, por outro lado, permanecem predominantemente negativas, evidenciando a instabilidade do mercado.
Segundo o Barchart.com, o mercado nova-iorquino encontra sustentação na recente fraqueza do dólar e na incerteza climática na África Ocidental. Na Costa do Marfim, as fortes chuvas têm dificultado o transporte e a secagem dos grãos, o que atrasa os embarques, embora o acumulado da safra até o fim de junho esteja 6,8% acima do mesmo período do ano passado.
Esses fatores aumentam a percepção de aperto na oferta global, ao mesmo tempo em que mantêm a volatilidade elevada. Os investidores também monitoram de perto as condições cambiais, especialmente a influência do índice dólar (DXY) e da libra, que continuam a afetar o ritmo das negociações em Nova York e Londres, respectivamente.
Apesar da alta de hoje em Nova York, analistas ainda veem espaço para correções, dado o comportamento técnico oscilante e a ausência de uma direção clara no curto prazo. A expectativa para os próximos dias gira em torno de novos dados climáticos na África Ocidental e eventuais atualizações sobre os estoques globais, que podem ditar o rumo dos preços em julho.
Fonte: Cacau Hoje com informações de Investing e Barchart
