Gana enfrenta novos desafios na produção de cacau em meio às intensas chuvas e à baixa incidência de luz solar nas principais regiões produtoras. As condições climáticas adversas têm favorecido o avanço de doenças fúngicas, como a podridão parda, aumentando o risco de queda moderada na produção da atual temporada.
O país, que ocupa a segunda posição entre os maiores produtores de cacau do mundo, já vinha sofrendo com fatores que comprometem a produtividade, incluindo a proliferação de doenças, impactos do clima e a mineração ilegal de ouro, atividade que tem causado destruição de plantações e degradação dos solos.
Relatórios recentes apontam que as temperaturas mais amenas, associadas ao excesso de umidade e à falta de sol, prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, elevando a incidência de fungos em diversas áreas de cultivo. A situação tem provocado preocupação entre os produtores, que veem risco de redução na renda e prejuízos de longo prazo para o setor.
Em resposta à crescente pressão do campo, a COCOBOD, entidade reguladora do cacau no país, intensificou ações de combate às doenças, ampliando os programas de pulverização e controle fitossanitário. A distribuição de fungicidas também foi antecipada, com o objetivo de mitigar perdas antes do pico da colheita.
Embora ainda não haja dados consolidados, estimativas preliminares da COCOBOD indicam que a produção poderá ficar abaixo das projeções anteriores. Em maio, a entidade já havia sinalizado que a meta de 650 mil toneladas para a safra 2024/2025 dificilmente seria alcançada, diante do cenário climático e fitossanitário adverso.
Fonte: Reuters
