CACAU VALORIZA E REFORÇA TENDÊNCIA DE ALTA

Preço do cacau segue em alta no Brasil e reflete crise global de oferta. O mercado interno de cacau registrou nova valorização nesta sexta-feira (16), acompanhando a forte escalada dos preços internacionais. A elevação dos preços no Brasil reflete um cenário global marcado por desequilíbrios na oferta, principalmente nos países africanos que lideram a produção […]

Preço do cacau segue em alta no Brasil e reflete crise global de oferta.

O mercado interno de cacau registrou nova valorização nesta sexta-feira (16), acompanhando a forte escalada dos preços internacionais. A elevação dos preços no Brasil reflete um cenário global marcado por desequilíbrios na oferta, principalmente nos países africanos que lideram a produção mundial da amêndoa.

Na África Ocidental, a situação é crítica. A Costa do Marfim e Gana enfrentam uma combinação de fatores que comprometem gravemente a colheita: doenças fúngicas como a Phtopthora Megakaria, Swollem Schoot, mineração ilegal, além de chuvas irregulares e práticas agrícolas obsoletas. Além disso, a qualidade dos grãos marfinienses tem sido duramente criticada por compradores internacionais, o que pressiona ainda mais o abastecimento global.

No cenário nacional, a valorização interna do cacau é consequência direta dessa conjuntura internacional. Embora o Brasil não produza o suficiente para suprir toda a demanda interna, o país passa a ocupar um papel mais estratégico, com preços cada vez mais atrelados ao comportamento das bolsas internacionais e à escassez global da commodity.

A indústria brasileira, por sua vez, já sente os impactos dos custos elevados, o que deve se refletir no preço final de produtos derivados, como chocolates e coberturas. Já os produtores nacionais vivem um momento de otimismo, aproveitando os bons preços para expandir ou modernizar suas lavouras.

Especialistas acreditam que, enquanto persistirem os problemas fitossanitários e estruturais nos principais polos produtores da África, o mercado continuará sob pressão, e os preços devem seguir elevados no curto, médio e a longo prazo.

Fonte: Cacau Hoje

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