O Conselho do Café e do Cacau (CCC) da Costa do Marfim suspendeu cerca de 40 cooperativas, sob suspeita de estarem acumulando amêndoas de cacau com o objetivo de revendê-las a preços inflacionados para exportadores pressionados a cumprir contratos. A informação foi repassada por duas fontes ligadas ao órgão regulador.
Segundo essas fontes, os exportadores têm enfrentado dificuldades para garantir a oferta necessária diante de doenças nas plantações e condições climáticas desfavoráveis. Diante desse cenário, alguns fornecedores estariam se aproveitando da situação para obter vantagem no mercado.
Estima-se que cooperativas suspensas, junto a compradores independentes, tenham estocado mais de 60 mil toneladas métricas de cacau desde o início da safra intermediária, no começo de abril, conforme relatado à Reuters.
Apesar de o armazenamento de grãos não ser proibido no país, a prática se torna ilegal quando feita com a intenção de elevar artificialmente os preços de venda.
A medida de suspensão foi adotada pelo CCC na semana passada, atingindo inicialmente parte das cooperativas e, nesta semana, estendida a outras. O objetivo da ação é conter a escalada de preços e proteger pequenos exportadores, que enfrentam dificuldades para competir com as grandes multinacionais do setor.
Fonte: Forbes
