As cotações dos contratos futuros de cacau recuaram para menos de US$ 9.000 por tonelada, atingindo o menor patamar desde 21 de abril. O alívio nas preocupações relacionadas à safra intermediária da Costa do Marfim, maior produtor mundial, contribuiu para essa queda. Agricultores locais relataram, em 28 de abril, que chuvas acima da média nas principais regiões produtoras favoreceram o desenvolvimento da safra que ocorre entre abril e setembro. Com a previsão de céu nublado nesta semana e expectativa de mais chuvas na próxima, o cenário climático segue positivo para o cultivo. Segundo os produtores, a continuidade das precipitações ao longo de maio será essencial para o crescimento dos frutos jovens (cherelles) e das pequenas vagens, com colheita prevista para agosto e setembro.
Ao mesmo tempo, os estoques de cacau supervisionados pela ICE nos portos norte-americanos atingiram, em 28 de abril, o maior nível dos últimos seis meses e meio, somando 1.987.423 sacas.
Sobre o mercado e os preços do cacau
O cacau é negociado em bolsas internacionais como a Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX) e a Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Enquanto os preços em Nova York refletem o mercado asiático, os de Londres estão ligados ao cacau africano. Cada contrato negociado na NYMEX representa 10 toneladas métricas da commodity. Costa do Marfim e Gana lideram a produção global de cacau, respondendo por mais de 60% da oferta mundial, seguidos por países como Indonésia, Nigéria, Camarões, Equador e Brasil.
Apesar de ser um dos menores mercados entre as commodities chamadas “soft” (de origem agrícola), o cacau tem grande relevância para a indústria alimentícia e o varejo. Os preços apresentados em plataformas como o Trading Economics se baseiam em contratos por diferença (CFDs) e instrumentos financeiros negociados no mercado de balcão (OTC), servindo apenas como referência e não como recomendação para decisões comerciais.
Fonte: Trading Economics
